Invasões, sujeira nas ruas e falta de coleta seletiva.

Penso que as áreas que sofreram desapropriações devem ser trabalhadas imediatamente para evitar que o motivo pelo qual se tomou uma decisão e atitude volte a se repetir, tornado inútil e sem sentido a razão do primeiro ato. Pois bem, mostramos aqui nesse blog a retirada de alguns barracos em área destinada a implantação do Parque Linear Cipoaba e a demora em se iniciar qualquer obra que seja no local. Isso com o tempo gera na população do entorno um certo descrédito em tudo que foi dito e planejado, mesmo se conhecendo a morosidade da máquina administrativa pública. Com algumas famílias da região não foi diferente e aproximadamente à 2 (dois) meses atrás meia dúzia de famílias tentou novamente a empreitada e se aventurou em mais uma invasão de área às margens do Cipoaba.

 Desta vez a Subprefeitura junto com a Defesa Civil e Guarda Metropolitana Ambiental agiu com mais rapidez e impediu nova invasão, retirou as famílias do local e encaminhou os responsáveis através de Assistentes Sociais a estarem enviando seus respectivos Currículos ao CAT para vaga de emprego.

 O mundo continua girando e o lixo pelo qual nós debatemos tanto e orientamos pessoas a estarem armazenando da maneira correta continua espalhados pelas ruas e jogados nas esquinas sem responsabilidade das pessoas que deveriam preservar o local onde vivem e manter assim o mundo melhor.
Quase não se ouve falar em Coleta Seletiva e os Catadores que vemos nas ruas além de serem explorados não receberam educação e apoio dos órgãos públicos e talvez por isso se constate o descarte inrresponsável nas ruas por êstes de lixo excedente e sem valor comercial. Há muitos ferros velhos por todo o bairro, mas êstes são de Particulares que usam essa ¨mão de obra¨ barata e necessáriamente não possuem vinculos empregatícios, só comerciais.

Gerou curiosidade em nossa turma e fomos pesquisar: COLETA SELETIVA E RECICLAGEM TEM BAIXO INVESTIMENTO.
Há 5,5 milhões previstos no orçamento da Secretaria Municipal de Serviços em 2011, para a implantação de Centrais de Triagens de Materiais Recicláveis.
Ainda segundo nossa pesquisa há um grupo que diz que apenas 9% dos recursos previstos para o setor foram aplicados ou seja (R$ 495mil). Com base no Sistema de Orçamento e Finanças(SOF) da Prefeitura, dois programas do setor encerraram o ano de 2011 com execusão zero: a implantação de centros de capacitação para cooperados de reciclagem e a instalação de postos de coleta voluntária de material reciclável. Teriam sido executados 23% dos recursos orçados para os Ecopontos.
A segunda fonte diz que a Coleta Seletiva aumentou 10 vezes:
A Prefeitura diz em nota que a Coleta Seletiva aumentou mais de dez vezes o volume coletado, triado e processado, passando de 20 toneladas por dia em 2003 para 214 toneladas por dia em 2011, beneficiando 1,2 mil famílias.
Informa ainda que a Secretaria de Serviços investe mensalmente R$1,6 milhão para o custeio de toda a estrutura de trabalho das 21 cooperativas conveniadas ao Programa. Em relação aos 46 Ecopontos e Pontos de Entrega Voluntária(PEVs), disse ter ampliado a rede em 2.000%, além do sistema porta a porta.

NA JUSTIÇA
Há uma ação civil movida pela Defensoria Pública, com o Instituto Polis, o Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos e o Instituto Gea, na qual a justiça determinou que até abril de 2011 os serviços de coleta deveriam cobrir todos os distritos, ampliando e formalizando o número de cooperativas. A Prefeitura recorreu e a questão aguarda decisão judicial.

Seja qual for a decisão entendemos que poderíamos ter uma cooperativa organizada e padronizada nos moldes até das ISO aqui em nosso bairro ( Pq. São Rafael) com suporte do Poder Público e da Comunidade, assim com certeza nosso lixo não estaria nas ruas e nossos catadores que hoje são explorados teriam mais dignidade e melhor condição financeira.

Eu sou Vinícius Oliveira - aluno do Projeto e da E.M. Cidade de Osaka.